Aplicativos para iPhone: você já tem o seu?


Aplicativos para iPhone: você já tem o seu?
Seguindo a tendência das novas tecnologias, é cada vez maior o número de artistas evangélicos que adere a nova forma de interação virtual



Por Rafael Cardoso
Assim como não se pode imaginar um artista cristão, hoje em dia, sem sua presença virtual marcada por um site ou perfil nas redes sociais, talvez seja improvável imaginar artistas sem um aplicativo para IPhone num futuro não muito distante. Numa tendência crescente, artistas brasileiros , a exemplo dos americanos, estão investindo no desenvolvimento de aplicativos próprios, como mais uma ferramenta de divulgação de seus trabalhos.
Pra quem ainda não está muito familiarizado, os aplicativos, chamados apps, são pequenos programas baixados em Smartphones que exercem uma variedade de funções, dependendo do seu propósito. Qualquer um com um smartphone pode baixar apps, e a maior fonte de download destes programas é a App Store da Apple, com apps exclusivos para iPhone.  Quando foi lançada, em 2008, a loja tinha somente 500 aplicativos; um ano depois, já existiam 35 mil e mais de um bilhão de downloads. No início deste mês, a Apple anunciou que a App Store alcançou incríveis 15 bilhões de downloads e mais de 400 mil programas.
 Em meio aos campeões de venda - jogos e os aplicativos para produtividade no escritório - estão os apps de bandas e artistas que buscam mais um canal de divulgação de seu trabalho e de interatividade com seus fãs. “Diante de tantas possibilidades e canais de interatividade que a web proporciona hoje em dia, os apps servem como mecanismo agregador, principalmente no que se refere às redes sociais.”, afirma Ricardo Rempel, profissional de TI da Lineupnet. “De fato, com a popularização das redes sociais, quanto mais as pessoas estiverem falando sobre o artista, interagindo com fãs e divulgando para outros, maiores as chances de divulgação e popularização deste artista”, emenda Ricardo.
Além dessa integração nativa com Facebook e Twitter, por exemplo, os apps podem fazer muito mais. “O artista pode incluir suas músicas, vídeos e fotos dentro do aplicativo, possibilitando inclusive que os fãs comentem ao ouvir as faixas, dialogando com outros fãs e postando tudo no Twitter ou Facebook”, afirma Brunno, da Velasco TI. “Outro recurso incrível é a agenda, onde o artista coloca os eventos em que estará presente, e através de uma interface do tipo Google Maps o usuário pode ver como chegar, ou até comprar ingresso através de um link que abre em browser dentro do app para um site seguro, onde pode ser feita a compra.”
 Brunno é o desenvolvedor brasileiro responsável pela criação dos apps de Mariana Valadão e Asaph Borba. Cifras, discografia, links diversos e contatos são outros itens comuns nos apps de artistas que podem ser facilmente adicionados. “Outra grande vantagem dos apps é o fato de inibirem a pirataria, pois as músicas que estão dentro do aplicativo, são tocadas em streaming via 3G ou Wi-Fi. Talvez no futuro os lançamentos de novas músicas, vídeos ou álbuns completos possam ser feitos via apps”, projeta Velasco.
Um outro recurso que têm atraído mais e mais artistas para o mundo dos apps é a possibilidade de incluir a compra de seus álbuns ou músicas diretamente do aplicativo. No caso dos artistas americanos, é possível comprar faixas individuais e vídeos através da iTunes store, ainda indisponível no Brasil. Para nós, os artistas disponibilizam a compra de seus discos, através de uma interface de loja virtual integrada ao aplicativo. Além disso, os gringos levam vantagem na integração ao Facebook, ferramenta que tem se tornado a central de relacionamento dos artistas com seus fãs. No app do Jars of Clay, por exemplo, fãs já confirmam presença nos shows da banda através do serviço de eventos do Facebook, integrado ao aplicativo, além de serem recompensados com pontos quanto mais usam o app da banda.
Além dos músicos, diversas igrejas e ministérios estão aderindo aos aplicativos da App Store. As mega-igrejas  americanas Lakewood, Mars Hill e Saddleback são algumas das igrejas que já disponibilizam apps , contendo programação, sermões, integração com redes sociais, e muitos outros recursos.
"Os smartphones atingiram a massa”, aponta Leo Xavier, do grupo de publicidade online Pontomobi. Estima-se que 19 milhões de aparelhos hoje, dos 210 milhões atuais, sejam smartphones, segundo estudo encomendado pela Pontomobi e pela WMcCann ao Ipsos MediaCT. Destes, o Iphone da Apple não é o líder de mercado, mas o estudo aponta que seus proprietários sãos os que mais acessam a internet pelo aparelho e os que mais interagem com o meio online. O Android, sistema operacional para dispositivos móveis do Google ainda é o líder de mercado, razão pela qual muitos desenvolvedores estão ingressando nesta plataforma também. “Nosso próximo passo é desenvolver apps para Android e disponibiliza-los no Android Market, a App Store para telefones desta plataforma”, declara Velasco.
Sem dúvida, a tendência é crescente, e os artistas cristãos que não entrarem no mundo dos apps correm o sério risco de ficarem “desconectados”.



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