Editorial Ética Cristã "Um povo de tradição, não de tradicionalismo!"




Como jornalistas, estamos sempre à procura de novidades. Abordar temas de um viés diferente e perspectiva inovadora, enxergar por prismas que outros ainda não viram e trazer ao público a notícia como um pão novo e quente, que alimenta, instrui e informa com prazer, torna a arte de informar um grande desafio para nós.
Quando buscamos trazer à tona nomes e histórias de gente que gastaram suas vidas pavimentando a estrada da fé que recebemos para trilhar, nos sentimos motivados a apresentar o novo que está por trás do velho. Não se pode admitir que simplesmente, requentemos o pão de ontem, compartilhando um alimento que não nos serve para o hoje, tal como a conhecida história do Maná do Deserto. Mas falamos das coisas do passado quase que como uma tradição.

Tradição significa “entregar” e em sua acepção religiosa, ela expressa a transmissão das práticas e dos valores espirituais de uma geração para a outra. Naturalmente, fazemos uso das tradições para que possamos solidificar conceitos, experiências e práticas nas quais acreditamos. E aqui nesta edição de Ética Cristã não poderia ser diferente.

Diferentemente do tradicionalismo, que é a tendência de supervalorizarmos a tradição (um ato que por vezes nos conduz à hipocrisia), aqui a tradição é tratada da mesma forma que o apóstolo Paulo, costumava tratar.  Paulo, em sua carta aos tessalonicenses, convocou-os a serem seus imitadores. Da mesma forma, estes grandes homens que fizeram a história da Igreja Evangélica no Brasil, também deixam rastros fáceis de serem seguidos.

O professor americano Jaroslav Pelikan, que escreveu diversos volumes sobre a tradição cristã, diferenciou muito bem esses dois conceitos declarando que "tradição é a fé viva dos que já morreram e tradicionalismo é a fé morta dos que ainda vivem".
Buscando compartilhar esta “fé viva”, publicamos nesta edição, a história de pessoas que viveram de maneira intensa a fé que receberam, e que tornaram-se modelos a serem imitados. Contamos, por exemplo, um pequeno, mas precioso fragmento dos 60 anos da história da Igreja do Evangelho Quadrangular no Brasil, abordamos as experiências de homens e mulheres que transpuseram barreiras continentais para trazer o Evangelho e revolucionar a nação brasileira. Passeamos pelo movimento pentecostal que teve nas “ondas do rádio” uma explosão de crescimento nas décadas de 60, 70 e 80, dentre os quais, destaca-se o pioneirismo da igreja O Brasil para Cristo, um fato que  pode ser vista com maior profundidade na entrevista especial com o pastor Ivan Nunes, eleito pela quarta vez presidente desta denominação.

Por Fim, Rogério Nacional aborda um assunto velho, mas sempre em voga no coração de líderes e pastores Brasil a fora, isto é, o desafio constante da “Plantação de novas igrejas”

Na editoria Administração de Igrejas, trouxemos uma reportagem especial cujo título é “O Sucesso do Modelo MDA no Brasil”, escrito por Heston Delgado, Ivanildo Gomes e Sandro Oliveira que tratam do método de discipulado que alcançou êxito sob a liderança de Abe Huber lá no nordeste. Na editoria missões, Rafael Cardoso apresenta a “A Grande comissão na Copa do Mundo”, revelando as estratégias que têm sido projetadas pela Igreja Evangélica Brasileira para a Copa do Mundo de 2014.

Que Deus abençoe sua vida!

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