ENTREVISTA COM VÍTOR BELFORT


Entrevista que fiz com o lutador para a Revista Ética Cristã, n. 35.


1) Qual a influência que o Evangelho tem em sua vida como lutador de MMA?
Viver o Cristianismo e pregar o Evangelho é minha missão. Ser um lutador de MMA é a estratégia pela qual tenho feito isto.
O Senhor Jesus distribuiu dons aos homens e eu fui contemplado com o talento para o esporte.
Ser um lutador profissional é a realização de meu sonho de criança e eu acredito que Deus me abençoou com esse dom.

2) Por ser um esporte agressivo, o MMA encontra resistência de pessoas mais conservadoras, incluindo alguns pastores. Por outro lado, algumas igrejas estão aderindo ao esporte, até mesmo, como ferramenta de evangelização. Na sua opinião, o MMA e seus ensinamentos podem contribuir com o ser humano, enquanto cidadão de bem, e com o Evangelho?
A palavra de Deus em Mateus 11:12, segundo a tradução de minha Bíblia, fala: “Desde os tempos de João Batista até agora se faz violência no Reino de Deus, e os violentos se apoderam dele...”. Hoje, se não formos agressivos, inclusive no Evangelho, não conquistamos o que queremos. O MMA ensina muitas coisas, foco, disciplina, superação, estratégias e, sobretudo, respeito. Veja que na luta, há o contato físico, mas quando ela termina, existe muito respeito entre os atletas.

3) Você foi designado embaixador do UFC no Brasil. O que significa isso na prática e o que o evento poderá trazer de benefícios à Nação Brasileira?
Sempre tive o sonho particular de realizar algo bom, que beneficiasse às pessoas e ao meu País. Ser embaixador desta competição é um título e uma responsabilidade que me honram muito. Lutarei sempre para transmitir a boa imagem e os benefícios do meu esporte a toda sociedade.

4) Você acha que a veiculação em massa de um esporte tão agressivo como o MMA poderia de alguma forma incitar a violência?
Violência é algo sem regras, que viola leis e desrespeita pessoas! Este, definitivamente, não é o objetivo do MMA.
Dar sonhos a crianças, adolescentes e adultos é o real objetivo do meu esporte, inclusive,  muitos lutadores já estão sendo beneficiados com grandes oportunidades com crescimento dele. 
No entanto, nosso dever, como atletas, é o de nos manter íntegros e passar um exemplo positivo à sociedade.

5) Faria alguma consideração ou proporia cuidados a estas igrejas que tem promovido o MMA como estratégia de evangelização?
Acho que esta é uma estratégia como qualquer outra e, se for aplicada da maneira certa, terá um grande resultado, certamente.
Mesmo que algumas igrejas não apoiem o MMA, acredito que a luta do “viver cristão” e o MMA têm muito em comum.

6) Que igreja você freqüenta?
Costumo a ir a Calvary Chapel, em Las Vegas, mas mantenho o contato com outros irmãos que têm nos apoiado nesta caminhada de fé, além do apoio constante de meus pais espirituais, Dan e Marti Duke.

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