Luciano Huck e seu gerenciamento de pessoas

Exemplos, bons exemplos. Muitos de nós vivemos deles. Casos de sucesso. Metas alcançadas. Personalidades buscam associar sua imagem ao Sucesso. Aliás, todos, buscamos, seja em que área for.
Livros são vendidos por conta disso. Projetos também. Retornos financeiros são obtidos.

Isto tudo faz girar a nossa economia. Potencializa uma boa imagem. Por mais que nem sempre seja a verdadeira.
Pois as máscaras costumam existir. Elas tendem a esconder a verdade. Tapeia os reais valores (morais) presentes. 
Por mais que tenha ciência disso, ainda assim, costumo me decepcionar com algumas coisas.
Ontem, dia 23 de março, li a entrevista de Luciano Huck na Folha de São Paulo.
Por mais que muitos contestem, não há como negar, o seu sucesso.
São quase 20 anos de TV, sendo 14 na Rede Globo.
A chamada era: Com audiência em queda, Luciano Huck anuncia mudanças no ”Caldeirão”.
Ele começa sinalizando, estar saindo da área de conforto e tudo mais. Nega ser assistencialista. Discurso alinhado com as boas práticas. Com aquilo que a sua imagem tenta transmitir.
E que podem realmente ser verdadeiras
Até que ele faz nova afirmação: “…troquei a equipe. Das 20 pessoas que trabalhavam direto comigo, só dez ficaram, só os bons…” Pois é.
Afirmação desnecessária.
Por mais que ele tenha todo direito de formar a equipe dele como quiser. 
É assustador que ele faça este tipo de afirmação em uma entrevista a um dos maiores jornais do país. Expôs seus ex-subordinados.
Algo desnecessário e desrespeitoso com aqueles que trabalharam para ele. 
E que também foram responsáveis pelo seu sucesso. Eles poderão ser facilmente identificados.
O que inclusive poderá prejudicá-los na busca de novos trabalhos.
Talvez Huck não tenha a dimensão do que falou. Pior, pode ser até mesmo que não tenha visto mal algum nisso. Ainda assim, imperdoável.
Algo que está longe de ser uma exclusividade deste senhor.
Infelizmente esta tem sido uma prática de mercado.
Tratar as pessoas, ainda mais ex-colegas de trabalho, com respeito, não é algo natural.
Infelizmente.
O sucesso passa por cima disso. De repente foi apenas um lapso de Huck. Não teremos como saber.
Mas a verdade é que o dia a dia corporativo está cheio de exemplos parecidos.
Pessoas em cargo de chefia cometem equívocos tão básicos como este. Acreditam estar acima dos membros de sua equipe.
Não os enxergam como os verdadeiros sustentáculos de seu sucesso. De sua sobrevivência até mesmo.
E no caso de necessidade de mudanças.
Não se limitam a despedir membros de sua equipe (o que têm todo direito) tripudiam publicamente. Pisam.
Eis realmente a diferença.
Alguns são sucessos, e outros estão com sucesso.
Uma gigantesca diferença.
Texto de JR Santiago
Vi no Pavablog

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