Otimismo reduz o risco de doença cardíaca


O riso pode não ser exatamente o melhor remédio. Mas uma visão alegre sobre a vida pode ser bom para o seu coração. Assim, concluiu uma nova pesquisa sobre o impacto da felicidade e do otimismo sobre a saúde cardiovascular.

Já faz algum tempo que os cientistas tomaram conhecimento da relação entre a saúde psicológica e saúde do coração e novos estudos vêm mostrando que depressão e ansiedade podem piorar as coisas para os pacientes cardíacos, apesar de os resultados sobre a felicidade e seu impacto médico ao longo dos anos não serem ainda tão consistentes.

Em uma nova análise, os pesquisadores de Harvard buscaram uma conclusão mais definitiva, revendo os resultados de mais de 200 estudos que analisam os riscos cardiovasculares e o estado emocional, tornando este o maior relatório sobre o assunto até aqui. Em geral, os pesquisadores descobriram que traços como otimismo e esperança, além de níveis mais elevados de felicidade e satisfação com a vida, estavam relacionados a reduções no risco de doença cardíaca e acidente vascular cerebral.

Tais associações podem ser difíceis de desembaraçar. Por exemplo, não se sabe exatamente se ser otimista protege diretamente a saúde, ou o inverso.

Enquanto os pesquisadores não podem dizer com certeza, alguns estudos têm encontrado um efeito protetor no otimismo, mesmo depois de controlar para coisas como status socioeconômico, peso corporal e tabagismo.

Um estudo no ano passado, por exemplo, analisou 8.000 pessoas e encontrou um menor risco de doença cardíaca entre aqueles que relataram mais felicidade ou satisfação em áreas como carreira, vida sexual e família, mas não em áreas como romance e padrão de vida. A relação permaneceu após a contabilidade para os dados demográficos dos sujeitos, bem como seus comportamentos de saúde.

Otimismo e felicidade estão associados ao menor risco cardiovascular, mas ainda está sendo estudado se uma perspectiva positiva protege diretamente a saúde.

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