Mário Juruna (Barra do Garças, 3 de setembro de 1943 — Brasília, 18 de julho de 2002) foi um líder indígena e político brasileiro. Filiado ao PDT - Partido Democrático Trabalhista, foi o primeiro e único deputado federal indígena do Brasil.
Juruna nasceu na aldeia xavante Namakura, próxima a Barra do Garças, no estado de Mato Grosso. Era filho do chefe da aldeia. Viveu na aldeia, sem contato com o a população branca brasileira até os dezessete anos, quando sucedeu seu pai na liderança da aldeia.
Na década de 1970, ficou famoso ao percorrer os gabinetes da FUNAI - Fundação Nacional do Índio, em Brasília, lutando pela demarcação de terra para os índios, portando sempre um gravador "para registrar tudo o que o branco diz" e constatar que as autoridades, na maioria das vezes, não cumpriam a palavra. Posteriormente, publicou o livro "O Gravador do Juruna".
Foi eleito deputado federal pelo PDT em 1982 com 31 mil votos, representando o estado do Rio de Janeiro. Sua eleição teve uma grande repercussão no país e no mundo. Foi o responsável pela criação da Comissão Permanente do Índio no Congresso Nacional, o que levou o problema indígena ao reconhecimento formal. Em 1984, denunciou o empresário Calim Eid por tentar suborná-lo para votar em Paulo Maluf, candidato dos militares à presidência da república no colégio eleitoral. Juruna acabou votando em Tancredo Neves, candidato da oposição democrática.
Não conseguiu se reeleger em 1986, mas continuou ativo na política por vários anos. Em 1990 e 1994, concorreu novamente a deputado federal, mas não foi eleito. Em 1995, foi assessor parlamentar em Brasília, mas não exerceu o cargo devido a sua saúde. Juruna morreu em 17 de julho de 2002, aos 59 anos de idade, em decorrência de diabetes. Seu corpo foi velado no Congresso Nacional brasileiro.
Fonte: Wikipédia
Fonte: Wikipédia
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